terça-feira, 6 de outubro de 2009

Galinhas, porcos, envolver-se e comprometer-se...

Não posso deixar de relatar aqui algo muito interessante que escutei na semana passada em uma excelente conversa com o caríssimo Professor Simão Pedro.
Aliás não deixem que visitar o blog dele é imperdível!
O Professor Simão dizia que adora falar por metáforas, e para exemplificar a diferença entre se comprometer e se envolver ele contou a seguinte história:
A Galinha e O Porco foram convocados a, juntos, fazerem um feijão tropeiro. Abrindo um enorme parenteses, prá quem não é de Minas: o feijão tropeiro leva como ingredientes, além do feijão, farinha, ovos, bacon e cebola, basicamente. A Galinha mostrou-se logo muito envolvida e disse: "eu dou os ovos para a receita". E mais do que rapidamente sugeriu ao porco: "você poderia dar o bacon".
O professor então nos fez a seguinte pergunta: quem está realmente comprometido?? A galinha ou o porco??
Obviamente o comprometimento é do porco, que doará a própria carne para fazer a receita...
Foi inevitável pensar em quantas vezes sou o "porco" da história. Quantas vezes me comprometo e por quê faço isto.
Por quê nos comprometemos com nosso trabalho, com nossas relações, com nossas crenças??
Quando estamos envolvidos e quando estamos comprometidos?? E qual é a diferença entre isto??
Acho que a posição tomada pela Galinha é importante. Precisamos nos envolver. Porém, para nos comprometer com algo ou alguém é preciso atenção. Afinal estamos entrando com a "pele".

terça-feira, 21 de julho de 2009

Amores e felicidades


Desde ontem venho pensando nisto: nos meus amores,nas minhas escolhas, na bondade e na felicidade.
Pensando naquelas pessoas a quem eu amo, a quem já amei, e neste sentimento lindo e complexo que é AMAR.
Prá variar recorri aos meus poetas (que possessividade!!!)...
Drummond disse:
"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos,na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional."
Quintana colocou:
"Quero, um dia, dizer às pessoas que nada foi em vão...
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim e que eu sempre dei o melhor de mim...
e que valeu a pena."
Isto que Drummond coloca: de que o sofrimento é opcional ao contrário da dor que é inevitável, é tão REAL.
Concordo totalmente com isto. E faço a minha opção: não quero sofrer!!!
Quero ser feliz!!! Ou, pelo menos, procurar ser feliz.
Ser honesta comigo, com meus sentimentos, com as pessoas que se relacionam comigo...
Quero, como Quintana, dizer que "valeu a pena"...
Mesmo que tenha sentido a dor inevitável da rejeição, a dor inevitável da dúvida, a inevitável confusão do risco, o inevitável medo do desconhecido...
Mesmo assim... não me esquivarei e VIVEREI.
Porque com diz a linda música de Afonsinho:
"O amor, não acaba pra quem é do bem não"...
Não acaba não...

segunda-feira, 30 de março de 2009

Minhas palavras por Quintana


Ah, quisera eu ser poetisa...
Como não sou, uso dos grandes poetas para expor pensamentos e sentimentos.
Este poema do Mário Quintana é maravilhoso!!
Não será isto que todos nós queremos??

" Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto,
Mesmo quando a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz
para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...
E poder ter a absoluta certeza de que esse alguém
também pensa em mim quando fecha os olhos,
que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas
renúncias e loucuras, alguém me valoriza
pelo que sou, não pelo que tenho...
Que me veja como um ser humano completo,
que abusa demais dos bons sentimentos
que a vida proporciona,
que dê valor ao que realmente importa,
que é meu sentimento...e não brinque com ele."

Mario Quintana

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Qual é a Crise???



Hoje estava "matutando" sobre esta palavra de cinco letras que não sai da boca das pessoas nos últimos meses: CRISE.
No dicionário está seu significado em nossa língua:

s. f.,
alteração para melhor ou para pior no curso de uma doença;
ataque, acometimento, acidente;
momento perigoso ou decisivo de um negócio;
perturbação que altera o curso ordinário das coisas;
situação de um governo que encontra dificuldades muito graves em se manter no poder.
- moral: luta interior entre dois sentimentos;
- ministerial: espaço de tempo entre a queda de um ministério e a constituição de outro que lhe sucede.

Algumas palavras e expressões merecem, a meu ver, destaque: "alteração para melhor ou pior", "momento perigoso ou decisivo", "pertubação", "dificuldades", "luta entre dois sentimentos", "queda" e "constituição".
Para mim, fica mais do que claro que crise, seja ela qual for, tem haver com mudança, escolha e decisão.
Para nós brasileiros, que já passamos por tantas crises econômicas, compreender que este é um momento de mudança é muito tranquilo. O que nós deixa perturbados é se teremos opções para fazermos escolhas... E mais, nossas escolhas serão feitas por nossos representantes políticos. Será que estes serão capazes de fazer as escolhas que favorecerão realmente a maioria de nossa população?
Para nós professores, as crises são muito bem vindas e fazem parte de nosso cotidiano. Sem elas, não há aprendizagem. É preciso que haja uma "crise" entre o que acredito dominar como conhecimento, e aquilo que está me sendo apresentado a todo momento.
As Escolas vivem crises diárias, conflitos, mudanças, pertubações e dificuldades. Aqueles que ali estão devem fazer as escolhas e tomar as decisões. Esta não é uma tarefa simples, já que, tratam-se de instituições sociais com múltiplos e heterogêneos personagens, que refletem a sociedade e estão refletidas nesta.
Então pergunto: qual é a crise, ou melhor, qual é a perspectiva da crise, que vivemos hoje (e lembro que esta não é só econômica, mas também, política, social e moral), devemos ter em mente?
A perspectiva da mudança, escolha e decisão. Ou a da dificuldade, ataque, acometimento, acidente?
O que nos diferenciará como população, profissionais e fundamentalmente como seres sociais será a escolha desta perspectiva.
Em momentos de crise podemos: retroceder, estagnar ou crescer.
Qual será sua opção?