segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Tempo, tempo, mano velho....

A questão do tempo é algo que me intriga.
Todos sabemos que é uma criação humana, e que é totalmente relativo.
Se fazemos algo com envolvimento, prazer e interesse, o tempo "voa".
Se a atividade de alguma forma é uma obrigação, se não nos envolvemos, então, o tempo "não passa".
Contudo, mais complexo, é que estamos virando escravos do nosso tempo (se é que se pode ser escravo de si mesmo!).
Na música do Pato Fú (Banda Mineira da melhor qualidade) a frase:
" Tempo, tempo, namo velho falta um tanto ainda eu sei... Prá você correr macio.", me fez refletir sobre isto.
Quando será que eu vou poder me apropriar do meu tempo e não ser escrava dele??
Ser escrava de mim mesmo não é fácil...
Sou muito exigente...
No feriadão de carnaval, tive a grande oportunidade de me apropriar de meu tempo.
Fiz o que queria: dormi a hora que quis, passeei, acordei a hora que quis, escrevi, estudei, fiquei "à toa", encontrarei com amigos, fiz novas amizades, fiquei sozinha.
Ufa! Nem notei que tive tanto "tempo"...
Foi divino ver que posso, sim, deixá-lo "correr macio".
Então, como a Fernanda Takai, fiz um convite ao meu tempo:
"Fique comigo,
Seja legal,
Conto contigo,
Pela madrugada,
Só me interrompe no final..."
Meu tempo ainda está estudando o convite.
Mas acho que teremos um acordo!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Por quê perdemos a conexão?


Se você não viu o filme AVATAR saiba que realmente está perdendo uma das mais belas histórias sobre viver em sociedade que já pude presenciar até hoje.
Obviamente os efeitos especiais e os recursos tecnológicos empregados são um show, mas, sinceramente, isto é o de menos.
O filme apresenta, de forma bastante simples, a fundamental e complexa discussão sobre a "conexão" da humanidade com o planeta, com todos os seres vivos que coexistem em um mesmo território.
Independente da espécie (mineral, animal, vegetal ou humana), da língua falada, do credo, da cor da pele, das opções sexuais, queiramos ou não, estamos sim todos conectados nesta grande rede energética da qual o planeta terra faz parte.
E apesar de ser tão óbvio, por vezes, nos esquecemos disto.
Com certeza o sucesso de AVATAR se deve a esta questão: trazer a tona a discussão da importância desta conexão para todos nós como comunidade, e para cada um em particular.
De tudo que é apresentado no filme quanto a esta temática, o que mais me fez refletir sobre este assunto, é que os Navis, povo que habita o planeta Pandora, faz esta "conexão" com os outros seres de seu planeta através de seus rabos.
Esta metáfora é esplêndida!!
Nós também já tivemos rabos, segundo a teoria da evolução das espécies.
Quando estávamos, no processo de nossa evolução humana, mais próximos dos macacos, tínhamos rabo, hoje ele se atrofiou...
Será que vivemos então uma evolução ou uma involução??
Sem "rabo", como temos feito as conexões com os seres que coabitam nosso planeta?
Ou melhor: estamos fazendo estas conexões??