segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Tempo, tempo, mano velho....

A questão do tempo é algo que me intriga.
Todos sabemos que é uma criação humana, e que é totalmente relativo.
Se fazemos algo com envolvimento, prazer e interesse, o tempo "voa".
Se a atividade de alguma forma é uma obrigação, se não nos envolvemos, então, o tempo "não passa".
Contudo, mais complexo, é que estamos virando escravos do nosso tempo (se é que se pode ser escravo de si mesmo!).
Na música do Pato Fú (Banda Mineira da melhor qualidade) a frase:
" Tempo, tempo, namo velho falta um tanto ainda eu sei... Prá você correr macio.", me fez refletir sobre isto.
Quando será que eu vou poder me apropriar do meu tempo e não ser escrava dele??
Ser escrava de mim mesmo não é fácil...
Sou muito exigente...
No feriadão de carnaval, tive a grande oportunidade de me apropriar de meu tempo.
Fiz o que queria: dormi a hora que quis, passeei, acordei a hora que quis, escrevi, estudei, fiquei "à toa", encontrarei com amigos, fiz novas amizades, fiquei sozinha.
Ufa! Nem notei que tive tanto "tempo"...
Foi divino ver que posso, sim, deixá-lo "correr macio".
Então, como a Fernanda Takai, fiz um convite ao meu tempo:
"Fique comigo,
Seja legal,
Conto contigo,
Pela madrugada,
Só me interrompe no final..."
Meu tempo ainda está estudando o convite.
Mas acho que teremos um acordo!